terça-feira, 13 de maio de 2014

UMA METAMORFOSE AMBULANTE

Agora, eu quero dizer o oposto do que eu disse antes. É complicado entender esta nova forma de agir, de pensar. É complicado entender esta nova forma de viver. Aquele viver passado seria apagado e reconstruído. Os nossos olhares expunham as nossas dúvidas, mas, os sorrisos simultâneos contemplavam o nosso real desejo. Entretanto, de repente, uma neblina aparece no caminho da nossa linda viagem a pé, lado-a-lado, transtornando a nossa visão, aplicando trajetórias diferentes para cada um de nós. Estávamos no centro de um cruzamento infinito. Comecei a gritar o seu nome, o desespero tomou conta de mim, eu não sabia o que fazer. A neblina passou, e de grito em grito fui perdendo a minha voz, mas, não havia perdido as forças. É... você era a minha força. Nossas mãos ainda não tinham sido seladas. Nossos dedos ainda não haviam sido entrelaçados. Estava tenso, triste, mas, o amor que é mais forte do que a própria morte, não me ofereceu a desistência. Caminhei pelas estradas de terra, atravessei os oceanos e, com toda essa reviravolta, tornei-me distante nesta busca implacável. O amor, ah... o amor. Sem ele, eu nada seria. Em meio a estes pensamentos transcritos, avisto de longe aqueles olhos reluzentes e aquele rosto lindo coberto pelos caracóis daqueles cabelos. Era a luz do meu farol, a onda do meu mar, o ar que eu respirava, o fôlego da minha vida. Caramba, eu te encontrei! Putz! Senti que nossos sorrisos não eram mais simultâneos como antes. Aquele desejo foi apagado. Automaticamente, fui dominado pelo sentimento contrário. Senti que fui apunhalado e, que arrancaram o meu coração. Tristeza, por favor, vá embora! Minha alma aqui chora e está vendo o meu fim! Quero voltar àquela vida de alegria! Por que viver uma turbulência? Pois é, como o Raulzito já disse, é chato chegar a um objetivo num instante. Só que, diferentemente dele, eu não quero viver essa metamorfose ambulante. O que me mantém vivo é o fato de que o amor suporta todas as coisas, persevera todas as coisas. O amor nunca falha.


Matheus Andrade.

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